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sexta-feira, 20 de maio de 2011

Adoção de livro de portugues pelo MEC causa polêmica


Temos visto reportagens que denunciam a realidade da escola pública. Esta do dia 17/05 se junta as outras inclusive já postadas no blog sobre o escandalo da merenda.
Esta agora trata da adoção de livro de portugues que está sendo considerado como um retrocesso para a aprendizagem. Sabemos que a língua escrita , formal, tem maior rigor e constitui a forma cobrada em testes de adimição de emprego e exames de vestibular. Como a escola particular hoje é vista como a que prepara para o vestibular, nela o portugues formal permanece. Então será mais uma investida para distanciar o ensino do público e do privado? E quanto isso é associado com a perspectiva de classe? Qual  o peso, o que podemos esperar dos resultados? Será um "ganho", como uma liberdade maior de expressão, ou um empobrecimento mesmo? Será uma fuga do sistema de dominação , um avanço contra a reprodução?...
 Vejam a matéria:


Dilma Maria

3 comentários:

  1. Dilma, acredito que essa "mudanca" no portugês, e nos próprios livros didáticos, seja uma tentativa de inclusão, no sentido mesmo de universalizacão da educacão/ escola. Só que, lembrando um pouco do que vimos em Gramsci, isso vem ocorrendo de forma "inconsequente", isto é, temos uma inclusão, uma universalizacão a qualquer custo, que vem só reforcando as desigualdades, ou como colocado na reportagem, reforcando o preconceito, mas de forma "justificada". Pra mim o que mais se aponta nessa questão é a perda de rigor, uma tendencia facilitadora.

    KÁRITA SEGATO

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  2. O português na minha concepção sempre foi uma matéria difícil, o mesmo é seio de regras, sinais, pontos, acentos... Típico da rigidez das línguas latina. Acho que ser ponderado na hora da fala não tem problema algum, dependendo da situação, porém discordo pelo fato da parte escrita! Acho que o acordo ortográfico feito recentemente, já ajudou um pouco com essa questão de facilitar o aprendizado e uso do português. A ideia da autora foi muito mais de inclusão do que do inverso.
    Na minha opinião, não precisa ficar com essas aceitações para melhorar a condição da língua. Revisar o método adotado de transmissão do conhecimento, já seria um avanço, não estou dizendo dessas "aulas show" de cursinhos particulares, e sim pensar novas alternativas de aula, novas formas de abordar o conteúdo, pois saber português é muito importante.

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  3. Após ver o vídeo e ler sobre o "livro de português" adotado pelo MEC e os comentários dos colegas, confesso que acabo ficando em cima do muro, pois vejo boas idéias tanto daqueles que defendem a nossa gramática tradicional, como daqueles que defendem que tudo isto é uma maneira de se dar voz aos dominados, já que nossa gramática tem sua origem nos dominadores.
    Acredito que todos têm condições de aprender a gramática tradicional, falarmos a do dia a dia, e finalmente escrevermos de maneira clara para que todos entendam o texto. Não podemos esquecer que essa nova geração de estudantes, de brasileiros, ou melhor, de jovens do mundo todo já nascem em uma sociedade onde ser multi é normal ( nossas crianças são nativos digitais, portanto fazem parte de um mundo onde ser capaz de realizar várias tarefas ao mesmo tempo é normal) Assim todos tem capacidade de ter várias maneiras de usar o português , o diferencial será saber usar na hora e local certos. A época que estamos vivendo é marcada por mudanças, com certeza essa virá também, espero que haja um meio termo que atenda a necessidade de todos mais homogeneamente possível.
    Sandra Rancan

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