Powered By Blogger

domingo, 22 de maio de 2011

O depoimento da professora Amanda Gurgel e seus resultados: a força da grande rede


Nessa última semana esse vídeo se tornou um viral (algo que espalha rápido na internet) em vários blogs, páginas de notícias, grandes portais, etc. O discurso da professora Amanda Gurgel, professora da rede pública do estado do Rio Grande do Norte, tomou proporções elevadas, que fizeram com que a professora viesse a participar no domingo (22/05) do programa Domingão do Faustão, que é uma das principais atrações da rede de maior proporção do país.
O discurso caloroso da professora, trás como principal tema, a condição de serviço da classe dos professores, falta de material, falta de transporte coletivo digno, falta de alimentação, precarização do salário, más condições físicas das escolas públicas entre outros assuntos.
Mais o que eu venho também abordar aqui é a força da internet, que na minha opinião, nunca a sociedade teve acesso ao veículo de informação tão rápido e interativo como a grande rede. Muitos blogs são criticados (principalmente os blogs de humor, que são os mais acessados da grande rede), pela forma vazia de transmitir opinião, ou pela forma enviesada de informação, se fecharam com o único propósito de promover o vídeo com o discurso da docente.
Outro ponto importante a ser ressaltado é a importância que a sociedade dá para educação, não sei se a mesma, de uma forma total, não participa da educação ou se interessa por ela, pelo fato de ter pouco acesso a informação da realidade da educação de forma contundente (sempre escutam a respeito do descaso com a educação, mais não é instruída para ajudar a melhorar). A fragilidade da educação deve ser discutida na escola, para que os estudantes passem a debater o que levou a educação a chegar nesse desencantamento.

João Augusto Silveira Ferreira

5 comentários:

  1. João, suas últimas palavras só me fizeram pensar naquilo que entendemos como cidadania... Desigualdade de condições total... A contraposição entre o "ter" e o "ser" permite a reflexão sobre a sociedade e as cidadãs e cidadãos que dela fazem parte. Quem "tem", consegue transitar e adquirir "pacotes" que reforçam o sentimento de pertencimento social e de "garantia" dos direitos de cidadania (consegue ter acesso a escola, moradia, plano de saúde, ter maior mobilidade, lazer , segurança, etc). Ao dizer que cidadania se justapõe a ideia de consumo (e não só a isso), reafirmamos que é cidadã/cidadão aquela/e que consegue acumular ou adquirir bens materiais. Acontece que uma minoria se enquadra nesse modelo de cidadania enquanto o "resto" é recogitado na vala do esquecimento, da negligência, do abandono, da exclusão. O desabafo da Profa Amanda Gurgel me fez pensar sobre essas coisas...essas coisas materiais...porque no fim das contas, o "ter" pesa e pesa muito (ah, como eu queria ser mutante!). A delimitação espacial em termos de uma construção de cidadania ou subcidadania é um
    aspecto interessante/instigante de se observar. Temos regiões como o sul e o sudeste em um "alto nível de desenvolvimento", tanto nos aspectos econômicos ou naquilo que se considera ou se valoriza enquanto cultura (das elites... ou aquilo que o pico da pirâmide elegeu como valorável, de maior prestígio). De um outro lado temos as demais regiões, que segundo a
    parcela dominante, não atingiram o status de
    "desenvolvimento esperado". :O

    Michelle Nogueira de Rsende. :):

    ResponderExcluir
  2. Esse comentário da Michelle expõe de maneira pontual como é "ser e se "sentir" a margem. Penso muito nisso nós enquanto indivíduos, seres pensantes, podemos sujeitar a desigualdade, a subalternização social e cultural. Eu procuro o porquê da nossa total tolerância, da nossa desmobilização? E ainda ouço pessoas que criticam atitudes como a da professora Amanda Gurgel, o que parece é estamos vivendo um revisionismo histórico e o servo está de volta agora com status de "trabalhador livre".


    Rafael Barros

    ResponderExcluir
  3. A Professora Amanda Gurgel sintetizou muito bem suas palavras e demonstra com propriedade o caos da educação brasileira. Entendo que a pouca prioridade dada à educação pelos políticos deve-se, em grande parte, às próprias prioridades da sociedade, ou seja, a sociedade brasileira não prioriza a educação, e isso se reflete na ação do Estado. Entretanto o João argumenta muito bem quando diz que a falta de informação pode ser uma das causas da pouca atenção da sociedade à educação, ou seja, temos um círculo vicioso que poderá ser "quebrado" com uma maior popularização da informação, como a internet, e um amplo debate com os alunos sobre o tema, de forma que as gerações futuras possam mudar essa triste realidade.

    ResponderExcluir