Em Goiás temos algumas emissoras de TV que se dizem sérias, suas matérias superficiais, com pautas que não trazem nenhuma informação que já não esteja condicionada por interesses governistas ou de reprodução de um sistema excludente.
O que mais me intriga, é simplesmente o fato de que às notícias vinculadas em cada programa não contemplam as necessidades de informação, mas condicionam os que passam tempo "na frente" da TV que tomam muitas informações como verdade e elegem uma classe de indivíduos como intelectuais de nosso estado. Vemos todos os dias reportagens toscas que atendem um público que se coloca enquanto consumidor desse lixo, classes médias e classes menos abastadas socialmente.
Em duas destas emissoras, existem programas com enfoque policial, estes programas tem apresentadores com uma formação minimamente duvidosa, com posicionamentos, preconceituosos, racistas, classistas, machistas e etc. Não conseguem perceber o todo social e como os indivíduos se colocam neste universo.
Fazem uma defesa escancarada da classe que controla as forças produtivas( empresas, agro-business, setor de serviços ,enfim...) e a uma ordem social que é excludente. Sua "admiração" pela instituição que ao meu ver é a mais problemática dentre as demais que compõe o Estado, a polícia.
A polícia e sua forma reacionária, racista e classista, fere os direitos humanos o direito a vida e o bem estar social. Vemos uma instituição que se filia a uma elite, agindo como um braço armado e, no mais das vezes é louvada pela imprensa goiana.
Vejo que estamos a mercê da polícia e da imprensa, que só se posiciona quando a violência policial ronda os seus portões de entrada.
Rafael Barros
É Rafael, realmente não estamos livres das informacões condicionadas por interesses governistas ou de reproducão de um sistema excludente. E não estaremos livres - lembrando o que diz Correia da Fonseca, colaborador de odiario.info - enquanto os defensores do sistema, sejam eles políticos, analistas, politólogos ou comentedores e as próprias emissoras de TV e os restantes órgãos de comunicacão, forem considerados "de referência" e tiverem seus "conhecimentos/ sabedorias" bem remunerados.
ResponderExcluirEstamos expostos constantemente a inverdades, transmitidas por pessoas que tem a audácia de se acreditarem "doutores da sociedade" com seus diagnósticos sem fundamento.
Mas não nos apeguemos a um pessimismo, pois, afinal de contas, o nosso papel enquanto professores de Ciências Sociais não é o estranhamento e a desnaturalizacão das coisas!?
Kárita Segato
Rafael,acredito que haja jornalismo sério em Goiás sim,mas concordo com você quando fala de "certos programas policiais".Esses programas realmente não acrescentam nada para quem os assiste, apenas deixam as pessoas mais apavoradas do que estão com a violência e aí pensam que o aparelho repressor do Estado irá resolver essas questões usando mais violência. Mas o problema maior talvez seja o da mídia comercial que tenta manipular as pessoas principalmente os jovens com um "teatro da felicidade" em que o consumo vem sempre em primeiro lugar.Dentro dessa perspectiva, a pessoa, o jovem será feliz simplismente em consumir e quando esses comerciais visam crianças aí sim é violência pura.
ResponderExcluirSandra Regina Alves
O controle da mídia por parte dos governistas, não é nada exclusivo do estado de Goiás. A algum tempo saiu uma reportagem de uma tv britânica, tratando a respeito do controle do Ex governador Aécio Neves sobre a mídia mineira. Nesse vídeo (http://www.youtube.com/watch?v=R4oKrj1R91g&feature=player_embedded) está a notícia que falei.
ResponderExcluirA mídia é um importante veículo disputado pelos diversos lados, justamente pelo domínio que a mesma tem pela população!
O jornalismo não só em Goiás, mas acredito que praticamente em todo o país, é na maioria das vezes um jornalismo sensacionalista.
ResponderExcluirUm jornalismo feito para as camadas mais populares da sociedade, com conteúdos apelativos e uma linguagem coloquial abusiva.
Esse tipo de informação só faz com que a submissão alienada do império da mídia seja cada vez mais fortalecida, mas esses fatores não são definitivos.
Pois acho que boa parte da população é capaz de filtrar o tipo de informação que quer ter acesso.
Acredito que o problema não é só a tirania da mídia. Convenhamos o problema maior é o sentimento de submissão da sociedade, que escolhe/aceita esse tipo de poluição que se diz informativa.
Então, como futuros professores de sociologia temos por obrigação fazer com que a sociedade seja mais crítica, começando por nossos futuros alunos.
LADY TATIANE