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quinta-feira, 23 de junho de 2011

Indagação


Gostaria de discutir sobre um ponto, e levantar possíveis discussões sobre um assunto. Depois das observações que fiz no CEPAE das aulas de sociologia, devido a disciplina de Estágio supervisionado, estou inquieta sobre uma questão que não pude deixar de notar.
Na universidade as ciências sociais nos fornece todo um aparato para compreendermos a sociedade nos tirando de um mundo alienado, (dentre outras tantas questões), pensei que como professores teríamos a função de tentar passar essa anti-alienação para os alunos, (pelo menos era esta a impressão que eu obtinha porque era assim que eu imaginava as aulas de sociologia, pois eu nunca tinha obtido contato antes com esta disciplina, nem mesmo no ensino médio), porém ao observar as aulas de sociologia percebi que a questão estava sendo posta de forma contrária. Percebi que o professor praticamente molda o aluno, o seu papel na sociedade, como deve agir, com deve pensar, como deve se portar, pelo menos foi o que pude perceber nas aulas em que eu observei. Procurarei passar isso aos meus alunos, mas também procurarei torná-los menos alienáveis possíveis, tentarei passar um senso crítico da melhor forma possível. Sei que é uma tarefa complicada, pois são indivíduos que ainda estão em formação e não possuem uma maturidade suficiente para tomar algumas atitudes, mas procurarei na medida do possível discutir sobre esta questão. O que quero assinalar é, afinal, qual é o papel do professor? O que ele deve fazer? Não é possível que isso iria se resumir somente em “passar conteúdos”, o ensinamento deve ir mais além do que isso. Isso acaba por nos levar a questão do debate em que o professor Franck nos instigou em sala, onde um dos assuntos abordados era “o que é uma educação de qualidade”, concordo com que o Lucas disse em sala no sentido de que a educação na prática está voltada para  uma formação tecnicista.
Diante das teorias que obtivemos contato, de forma predominante ela sinaliza que a educação deve estar voltada para uma humanização, porém quando observamos a prática vemos que a realidade é diferente. Somente nós professores podemos mudar estas práticas, porém a meu ver estamos de mão atadas, pois ao chegar em uma escola para dar aulas a própria instituição limita o professor aos conteúdos que ele deve abordar, em muitas o programa está praticamente pronto, estamos limitados à livros didáticos. Como vamos exercer nosso papel, temos que seguir o sistema? Não são todas as instituições que trabalham na mesma linha do CEPAE, no sentido de não utilizarem livros didáticos dando maior liberdade aos professores para atuarem. Em sua maioria, as instituições aderem a estes auxílios didáticos, sei que fazem parte, mas vamos nos limitar a eles? Como podemos agir diante desta situação?

Géssica Barreto

Um comentário:

  1. Géssica, penso que nõ só o professor pode mudar a situação da educação, mas com certeza ele tem um papel importante. E quanto a esta limitação tão massacrante, vejo certa autonomia e poder por parte do professor e professora no espaço da sala de aula. Lá dentro na maioria das vezes é quem dita , orienta, conduz tanto o conteúdo como o enfoque dado, mesmo que muitas vezes de forma a não aparecer no que fica registrado, escrito para supervisão. Digo isto por ser relato de professores sobre sua prática.e é claro que vejo a delicadeza da situação que dá margem para este moldar seja para o mal ou para o bem depende de quem vê e pensa o caso.
    Dilma Maria

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